sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Para quem pode me ouvir sussurrar.18

— Não sei pra que tanta vergonha... Teu corpo é lindo.
(Eu não sou do tipo que fica quieta. Meio bêbada então...)
— Ah... Você gostou?— Perguntei, maliciosa. Ela parecia ter ficado intimidada com o fato de eu ter retribuído a investida. Então, eu comecei a aproximar o corpo do dela, pressionando-a contra a parede, enquanto segurava a minha toalha com uma das mãos. E eu sorri, sussurrando:

— Vai dormir do meu lado por muito tempo, então é melhor se comportar.

E saí do banheiro, com as roupas nas mãos, indo até nosso quarto e trancando a porta para me vestir.
Assim que terminava de vestir minha roupa íntima, ouvi batidas na porta.

— ABRE ESSA PORTA! — Bradou Cláudia, rindo alto da brincadeira que eu tinha feito. Vesti meu short e abri a porta, usando um top esportivo no lugar do sutiã.
— Vai se comportar?
— Não sou nenhuma criança! — Riu-se, entrando no quarto e fechando a porta logo atrás. — Não tenho porque me comportar... E outra, eu estava me organizando, com você aqui esse quarto vai virar uma biblioteca que eu sei.

Ela sabia mais de mim do que eu pensava! Ríamos, tranquilas, enquanto nos sentávamos à cama. Era pequena, e encostada na parede. O quarto era todo cheio de bugigangas cor-de-rosa ou roxas, tênis jogados no chão, e um sutiã florido pendurado no canto da cama. Quando eu vi aquilo, comecei a rir enquanto ela corria para apanhá-lo e guardar em algum lugar.

— Não sou nenhuma visita, você vai ver os meus por aí também!
— Não quero ver só seus sutiãs...

Depois disso, nos olhamos. Ela era maliciosa, e sabia como me levar... Sabia o que dizer pra me provocar, mas parecia ter medo de que eu retribuísse. Continuamos conversando depois daquilo. Falamos de tudo: Ela era como eu, do sul da capital São Paulo, e pintava o cabelo de preto, gostava de gatos, era pouco mais nova que eu, cozinhava, e o que mais me impressionou: