domingo, 4 de abril de 2010

Para quem pode me ouvir sussurrar.13

[...] E, enquanto eu estava para abotuar a blusa, a loira estonteante se vingou:[...]

▬ Vai lá, Bia, limpa você então a coitadinha, senão ela vai voltar grudenta pra casa.... — Disse, com a voz amarga e vingativa e ao mesmo tempo como se querendo se guardar para tentar de novo outro dia ▬Mas não aqui, vão no banheiro! E eu encontro vocês em casa, a entrada já tá paga então nossa república está feita. Beijos, divirtam-se!

E ela deu aqueeela piscadinha. Só estávamos eu, Bianca, e uma garrafa de vodka.

Ela me puxou pelo braço, enquanto segurava a garrafa na outra mão. Não usávamos bolsas, e a conta havia sido paga, portanto éramos nós, e a vodka, no banheiro. Ela tomou metade da garrafa de uma vez só, e me entregou!

(VODKA?! Se eu não bebo nem licor de trufa!)

Entornei a garrafa. Não era tão difícil enquanto o líquido amargo estivesse em contínuo fluxo pela garganta, mas depois de muito tempo que eu consegui terminar, meu corpo parecia que podia explodir a qualquer momento. Mas eu não tive tempo nem de ficar tonta. Bianca já segurava minhas mãos, deixando a garrafa no chão, e me puxando devagar pra perto. Seu sorriso era malicioso, e lindo... Sua boca não era nem muito pequena, nem muito grande, era como se ela inteira fosse moldada à mão, seus dentes da frente eram ligeiramente maiores que o comum, sobressaíndo pelos lábios que se aproximavam cada vez mais de meu pescoço...

Logo ela estava me beijando a pele com vontade. O calor de sua boca em encontro com meu pescoço, com meu colo, se aproximando de meus seios... Tudo o que eu conseguia fazer era puxá-la pelos cabelos da nuca, enquanto sentia meu corpo esquentar, minha respiração mais forte, e minha calcinha mais úmida... Eu nunca imaginei que teria aquela garota entre as minhas roupas, pelas minhas curvas... E enquanto ela roçava a ponta da língua na minha pele, ora voltando ao pescoço, ora se agachando à minha barriga, seus dedos foram se aproximando dos botões de minha calça... Foi pouco tempo até que minha calça estivesse no chão e seus dedos afastassem minha calcinha do caminho. Ela estava ajoelhada na minha frente... E eu, encostada na parede, só pude sentir quando ela fez minha perna apoiar em cima do ombro dela, abrindo-a de forma que pudesse beijar meu sexo... E beijava-me as coxas, a virilha, como se estivesse me provocando... Hora ou outra eu podia sentir a ponta de sua língua roçar nas regiões mais sensíveis..


Depois disso, a única coisa que eu me lembro é de um enjôo insuportável chegando em casa.

{ Fim da Introdução }

Para quem pode me ouvir sussurrar.12

[...]▬ Abre a sua blusa até o umbigo e deixa cair umas gotas do teu suco. Agora, quem vai desafiar quem a lamber, aí é outra história![...]

A mesa riu como se aquilo fosse simples! (Eu ia chamar a atenção do bar inteiro se desabotoasse o PRIMEIRO botão!). Quem não aceitasse os desafios, no nosso grupo, geralmente era punida durante dias ou semanas, com surpresas desagradáveis como aranhas no sapato, ovos podres dentro da bolsa, ou tinta fresca amarelo-ofuscante nas cadeiras onde fosse sentar. E lá fui eu... Abrir quase toda a minha blusa e fingir que ia tomar minha limonada suíça preciosíssima só pra deixar escorrer. Senti arrepios quando o líquido contornou a curva do meu seio e passou pelo detalhe vermelho bordado no meu sutiã que, além de nada discreto, ainda tinha que ser preto. Eu estava quase encolhida enquanto escolhia o castigo pra Clarice!

O suco estava ainda gelado na minha pele quando eu tive a idéia:

▬ Eu te desafio a, assim que lançar o desafio da Júlia, ir atraz da Mel e conversar com ela até ter certeza de que ela vai ficar bem.

Clarice parecia irritada com meu desafio. Mas, pra piorar, eu disse "Você tem vinte segundos". Assim que ela percebeu Bianca e Júlia estavam dispostas a cometer atrocidades caso ela não aceitasse, ela jogou o primeiro desafio que lhe veio em mente e correu atraz de Mel, só para não apanhar, vadia, folgada ah!

▬ Júlia, vai ter que se vestir de homem da próxima vez que sairmos!

E lá se vai a recém-cínica. Júlia não acreditou no desafio, não acreditou na correria, e fez cara de desapontada, e olhou pro meu decote! Um olhar malicioso, de quem queria ter sido desafiada a limpá-lo... E, enquanto eu estava para abotuar a blusa, a loira estonteante se vingou:

Para quem pode me ouvir sussurrar.11

[...]Só que, desta vez, eu não poderia aprender pouco a pouco... Seria aterrorizante.[...]

Eu ainda estava atônita com a situação de Mel e Clarice, e não consegui continuar a resposta. Então, olhei nos olhos de Bianca. Não sabia o que perguntar... Não sabia o que fazer, ou que expressão facial deveria mostrar pra fingir que estava plenamente segura. (A mulher era o demônio, o que a gente pergunta pro demônio? 0.o')

Enquanto Bianca retribuía o olhar, quase que fuzilante, Clarice chamava o garçom e Júlia pigarreava como se quisesse quebrar o silêncio. Eu ia ter que improvisar...

▬ Ahn.. Bom... Existe algo ou alguém que você sempre quis e nunca conseguiu?

(Duvido, a Bianca é, tipo, o Obama, saka? É só ela estalar os dedos e a Ásia afunda.)

▬ Sim... Alguém. Alguém que desafia todos os meus ideais, que é de um polo oposto ao meu, que tem outros objetivos de vida... Que me faz pensar se eu estou sempre certa... E que me dá vontade de tranzar durante 5 dias e noites sem parar.

(POXA, deve ser boa mesmo!)

A mesa, novamente, ficou em silêncio. Antes da rodada de desafios começarem, Júlia exclamou:

▬ Agora podemos fazer uma de frente pra outra! Eu desafio a Gabby, ela me desafia, e vocês duas idem!
(Tá louca pra me desafiar a te beijar né, vadia...)

▬ Não — Disse Clarice ▬ Dessa forma é muito vingativo, aposto que a Bia vai ser cruel comigo se for assim.

Quem falava de crueldade... Quem falava como se nada tivesse acontecido! Aquilo era horrível de se presenciar, era nojento... E então, Bianca mal precisou me olhar para lançar o desafio:

▬ Abre a sua blusa até o umbigo e deixa cair umas gotas do teu suco. Agora, quem vai desafiar quem a lamber, aí é outra história!