domingo, 5 de dezembro de 2010

Para quem pode me ouvir sussurrar. 38

Quarto dia
"If I could, then I would..."

Domingo! Ah, que dia é domingo! Dia de descansar, de passar um tempo com os amigos ou com a família, dia lindo! Ah, como é lindo o domingo! Como é maravilhoso! Como é--

— PORRA, ACORDA GABRIELA, RÁPIDO! — Gritou Bianca, enquanto puxava as cobertas e jogava uma calça em cima de mim. Sua voz estava embargada, como se tivesse chorado, e ela chutou a cama duas vezes para que eu acordasse. Quando finalmente me levantei, ela mal esperou que eu perguntasse, e já começou:

— Porque você não viu quando ela saiu?! Se você tivesse segurado ela UM MINUTO que fosse, ela ia estar bem, olha o que você fez!

(Eu fiz o que, cara? Que aconteceu? E onde está... Ah, não!)

— Cláudia?!— Bradei, me vestindo com mais rapidez do que nunca e escancarando a porta do quarto — Onde ela está, o que aconteceu?!

Assim que eu saí do quarto, usando só um top e minhas calças jeans folgadas, Mel me segurou pelos ombros e me olhou com angústia. Ela não conseguia falar, e soluçava entre lágrimas que custavam a cair, como quem acabara de ver algo realmente traumatizante. Clarice estava encolhida no sofá da sala, e podia-se ouvir sirenes vindo do lado de fora, na rua. E a única voz que eu não ouvia, entre tantos gritos lá fora, era a de Cláudia...

Livrei-me das mãos de Mel e corri em direção à balbúrdia. Quando cheguei lá fora, não pude dar atenção a mais nada...

Ela estava ali, estirada no chão, com sangue manchando as roupas na lateral de seu corpo, próximo à perna esquerda. Seu rosto tinha ferimentos mais leves, mas próximo à testa o sangue também aparecia, e em quantidade maior como se o corte fosse mais profundo. Estava inconsciente, e próxima ao outro lado da rua, mas nenhum outro membro de seu corpo parecia gravemente ferido, além do que eu podia ver. Ao seu redor, as pessoas cochichavam, e eu podia ouvir um homem falando muito alto, dizendo "ela correu na minha frente" repetidamente. Nos ouvidos de Cláudia, os fones de seu celular pareciam ainda ligados, e o fio central dos fones passava por dentro de sua blusa e entrava no bolso direito. Suas sapatilhas haviam caído de seus pés. Mesmo de longe, eu podia vê-la respirar...

Corri em sua direção, quase voando por entre as poucas pessoas que estavam em volta, e atirei-me de joelho ao seu lado. Pude ouvir o policial dizendo "Afaste-se, não toque nela!", mas eu não pretendia tocá-la... Só observar, ter certeza de que ela respirava, e chamar pelo seu nome...

Para quem pode me ouvir sussurrar. 37

Foi então que, deixando o melhor para depois, fui beijando suas pernas... Eram lindas, desde a primeira vez que eu as tinha visto, e suas coxas eram particularmente deliciosas de se morder. Senti como se ela levantasse um pouco uma das pernas, e vi que um de seus pés estava realmente erguido. Foi quando eu tive a idéia de fazer algo que nunca havia feito antes... Mas que parecia que ia me facilitar um bocado a vida.
Deslizei uma de minhas mãos pelo interior de sua coxa, flexionando assim sua perna para que ela a apoiasse em meu ombro. Assim, não havia nada "no meu caminho". Ela se apoiava na parede para não cair, enquanto eu afastava sua calcinha para o lado, sem retirá-la. Foi então que ela soltou um suspiro, enquanto eu roçava a ponta da língua em seu sexo com o cuidado para ir bem devagar. De vez em quando mordia-lhe a virilha, e quando voltava a massagear seu sexo com a língua e com os lábios, fui acelerando os movimentos. O corpo de Cláudia já tremia um pouco, enquanto ela flexionava o joelho hora ou outra..

Enquanto isso, devagar e sem interromper os movimentos com a língua, fui inserindo um dos dedos devagar. Benditas sejam as aulas de anatomia: eu sabia que o orgasmo feminino era causado pelo movimento nas três primeiras camadas de seu sexo, independente de maior profundidade ou da grossura na penetração. Então, eu estava salva! Não era por ser menina que eu ia dar menos conta...

Fui acelerando os movimentos com a língua, dando leves chupadinhas de vez em quando, enquanto o vai-e-volta com o dedo continuava num ritmo igualmente rápido, porém uniforme. Cláudia rebolava sutilmente, quase que sem querer, na mesma direção que meu dedo, e bem provavelmente estivesse com dor na perna na qual estava apoiada, mas parecia não se importar. Depois de algum tempo, eu pude ouvi-la gemendo um pouco mais alto, enquanto arqueava as costas para frente e para trás, e sua respiração estava muito pesada... E, depois de sentir que ela havia chegado lá, depois de sentir seu gosto e te passar minha mão livre pelo seu corpo, sentindo seu suor... Depois disso, fui me levantando devagar e, quando cheguei à altura de seu rosto, ela abraçou meu pescoço e me beijou com vontade. Eu a beijava de volta, sem pressa, segurando-a pela cintura. Depois, me afastando do beijo, apanhei-a nos braços, e levei-a pra cama... Eu estava me acostumando a fazer isso... E ela sorria, se segurando em mim.

Ao deitá-la na cama, voltei até onde estávamos e apanhei suas roupas. Levei até ela e ela se vestiu devagar. No nosso olhar percebíamos que já estávamos cansadas, e eu não fazia questão que ela retribuísse a vez, portanto simplesmente dormiríamos, tranquilas. Enquanto ela se vestia, eu tirava a roupa usada do dia, e apanhava outra calcinha.

— Vou tomar um banho. É rápido.. Me espera?

Ela acenou positivamente com a cabeça, e eu saí do quarto e fui ao banheiro. O banho foi muito rápido, afinal eu não precisava lavar a cabeça com tanta frequência, e logo eu voltei ao quarto, nas minhas roupas intimas. Cláudia estava quase adormecendo, quando eu apaguei a luz e deitei-me ao seu lado. E ela me abraçou, com certa tranquilidade.. Até que, quando eu menos esperava, ela sussurrou:

— Vai ter que fazer muito pra me merecer...

Ela estava de olhos fechados quando disse aquilo, mas definitivamente acordada e atenta. Eu engoli seco e respondi um "Sim" com a voz falha, sem conseguir pregar os olhos. Devia ser quase 5h00 quando eu finalmente peguei no sono...

{Fim do terceiro dia}

2010!

Talvez seja cedo para escrever sobre 2010!! Mas resumindo algumas partes, chego a conclusão que houve sim coisas boas nesse ano, mas terei de ser sincera e dizer que coisas ruins se passaram por mim bem mais percebidas do que eu gostaria!
Começando por Janeiro. Onde meu mundo se desfez em tantos pedaços q até hoje foi remontado com peças fora do lugar e ainda estão faltando algumas que se perderam por aí no tempo!
Fevereiro, foi um mês de orgulho. Coisas contra minha vontade e só para fugir de mim mesma foram feitas! De algumas me orgulho, de outros nem tanto.
Março!! Ah, o que dizer sobre Março?! Esse mês, foi a mudança mais drástica que fiz na minha vida. Fiz para fugir, de tudo e de todos. Alguns foram impossíveis de ter tentado fugir, de outros foram até fáceis demais! Presidente Prudente apareceu na minha vida como o ato de se apagar uma vela num sopro leve! E lá fui eu, com a cara e a coragem. E eis que me surpreendo com uma galera que foram minha família por quatro meses. Sem entrar em muitos detalhes em datas especificas, entrei na piscinas umas três vezes de madrugada, pulando o alambrado, bebendo com os amigos, saindo nas festas, me apaixonando por quem trocava olhares comigo mas que eu sabia que jamais teria uma chance se quer! Enfim, chega o ultimo dia em que estaria lá, e no dia 7/7 as 00:00 no B1, todos fazem uma surpresa maravilhosa no meu aniversário que em 4 anos eu revi como é bom a surpresa nesse dia! Vim embora, com muitas lágrimas no rosto! Quero  voltar hoje! "Bater um repetéco" de fugir de novo do mundo!
Volto e choro de novo quando no primeiro final de semana minha família faz outra surpresa com todos reunidos! Amo vocês!
Alguns dias depois a realidade dos 18 anos bate na minha porta, e a vida de novas responsabilidades começa ao regresso da minha cidade que quando deixada, não tinha me mostrado isso antes!
Os dias, as semanas e os meses se passam. Pessoas vem e vão na minha vida. Pessoas que não precisei conhecer e conviver mais que uma semana, mais que um mês ou mais que anos para perceber que deixaram uma marca a ponto de me tirarem lágrimas. Lágrimas estas felizes e tristes! Algumas não deixaram de cair até hoje! Loucuras de paixões momentâneas, ou nem tanto assim, eu fiz! Não me arrependo de nada, apesar de sofrer por algumas delas.
Não me arrependo das palavras bonitas que falei para quem sofreu por mim depois, nem daquelas que mesmo faladas fizeram o feitiço voltar contra o feiticeiro e me fizeram sofrer por elas mais tarde.
E quer saber de mais uma coisa? Jamais vou ser diferente! Sempre serei transparente! A ponto de deixar claro se vou ou não me interessar, se estou ou não brava, se estou ou não magoada, se estou ou não apaixonada! E foram tantos pés na bunda nesse ano turbulento que a bunda está calejada.
Entretanto, a coisa que eu mais desejei que não acontecesse nesse ano aconteceu, então o resto eu fiz acontecer para que eu não desistisse de mim mesma ou da minha vida.
Agora, a única coisa mais desejada é que 2011 venha mais calmo! Venha mais romântico! Venha mais valorizado. Venha bom! E desejo a você o mesmo. Se me conhece, desejo que esteja comigo! Com minha amizade, meu afeto, meu carinho e meu amor!
E que na virada do ano que vem estejamos juntos, por que, sei que nesse ano estarei sozinha novamente!
Um abraço!