sexta-feira, 26 de março de 2010

Para quem pode me ouvir sussurrar.8

[...]Realmente, meu pai tinha ligado...[...]

Meu pai era um senhor muito respeitável, e perfeitamente mente-aberta. Havia me ensinado coisas incríveis... Todo ano, em Setembro, quando a chuva ficava fazendo barulho nas janelas de casa, ele sentava na frente de uma e me contava alguma curiosidade. Muitas ele repetia conforme os anos passavam, e foram mudando de época depois que eu entrei no colégio interno, passando a ser contadas no calor de Dezembro. Eu sabia que Bia nunca teria dito aquilo a ele... Ele era muito sensível, mesmo passando a imagem de homem respeitado e temido, e já tinha mais de 70 anos. É como ele dizia... Os anos passaram rápido.

Sentadas à mesa do bar, eu e as garotas conversávamos, falando alto. As 5 inseparáveis se juntaram n'outra mesa, não por rivalidade nem nada do tipo, mas só porque não cabia todo mundo em uma mesa só. Ficamos, portando, 5 em cada mesa. Enquanto eu me sentava, Bia virava o rosto e passava uma impressão de desdém, enquanto Mel contava de alguma situação engraçada da qual ninguém riu, devido à falta de clima. Depois de alguns segundos de silêncio constrangedor, Clarice deu uma de suas idéias bizarras:

▬ Vamos jogar "dedos iguais"?

Júlia logo aceitou! (Ê prostivagaranhalinha do capeta) Mas eu e as outras garotas ficamos quietas. "Dedos Iguais" é tipo "dois ou um", só que quem tira o mesmo número não sai: se beija. Bia deu uma idéia melhor:

▬ Não... Vamos jogar "verdade ou desafio". Mas ele vai ter uma ordem: gira no sentido horário, depois no anti-horário. Por exemplo: Eu pergunto pra Jú, que tá do meu lado esquerdo, e assim vai. Quando chegar em mim de novo, muda de lado.

As garotas aceitaram, com uma condição: Uma rodada era de verdades, e a outra, de desafios...

(Quero ver no que isso vai dar...)

Bianca começou perguntando à Júlia, logo de cara:

▬ Er... Qual é seu trauma de infância?

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